Trabalhadores e trabalhadoras dos Correios realizarão assembleias para deflagrar greve nacional

Publicado em 17 de Agosto de 2021 às 09h07. Atualizado em 17 de Agosto de 2021 às 09h08
Trabalhadores e trabalhadoras dos Correios em greve realizada em 2020. Foto: Fentect

Após a Câmara dos Deputados aprovar sem debate o projeto de privatização da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), as trabalhadoras e os trabalhadores da estatal se preparam para intensificar a mobilização contra os ataques do governo federal. Nesta terça-feira (17), serão realizadas assembleias em todo o país para avaliar a deflagração de greve por tempo indeterminado.

As votações ocorrerão a partir das 22h de terça. Nos locais que possuem terceiro turno, as assembleias acontecem à 0h da quarta-feira (18). O calendário foi definido pelos 36 sindicatos nacionais e direção da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) em uma plenária nacional realizada no dia 7 de agosto.

A mobilização se dará de maneira unificada à Greve Nacional das servidoras e dos servidores públicos, no dia 18 de agosto, para marcar a unidade da classe trabalhadora, iniciar uma greve fortalecida com um calendário construído junto às centrais sindicais. A data também será um dia de luta da campanha Fora Bolsonaro e contra a reforma Administrativa que contará, além das e dos servidores públicos, com a participação de trabalhadoras e trabalhadores do setor privado, movimentos populares e estudantis e sociedade civil.

Atualmente, os ecetistas travam uma disputa com a direção dos Correios pela Campanha Salarial. Até o momento, a empresa estatal sequer ofereceu algum reajuste salarial, dificultando o avanço das negociações.

Luta unificada
A privatização dos Correios e a reforma Administrativa (PEC 32) são duas frentes de ataque do governo Bolsonaro que reduzem o papel do Estado na garantia dos serviços públicos à população. Com a privatização, o serviço postal deixa de ser um patrimônio público, ficando nas mãos da iniciativa privada. Já a PEC 32 irá promover a desestruturação de serviços públicos, em especial aqueles relacionados aos direitos sociais garantidos constitucionalmente à população.

“As nossas perspectivas são boas e a categoria fará uma grande greve. Queremos reforçar a convocatória para que todos trabalhadores e trabalhadoras participem das assembleias em seus estados. A organização dos trabalhadores é fundamental para esta grande luta”, conclui Geraldinho Rodrigues, dirigente da Fentect e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

Fonte: CSP-Conlutas, com edição e acréscimo de informações do ANDES-SN

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