Em estado de greve, docentes da Uepa fazem ato e cobram negociação com governo do Pará

Publicado em 11 de Novembro de 2021 às 18h10. Atualizado em 11 de Novembro de 2021 às 18h13

Por mais de três horas, docentes, estudantes, técnicas e técnicos-administrativos da Universidade do Estado do Pará (Uepa) foram ignorados pela titular da Secretaria de Planejamento e Administração (Seplad) do governo do Pará, Hana Sampaio. Representantes da comunidade universitária tinham uma reunião agendada, na manhã dessa quinta-feira (11), com a representante do governo do estado para apresentar suas reivindicações.

“Tínhamos uma conversa, uma audiência às 10h, e até agora a secretária não deu retorno. Temos essa demanda há mais de 7 anos. Estamos conversando e tentando fazer diálogo com a Seplad e de forma desrespeitosa a secretária não atende a comunidade universitária”, disse Fabiano Bringel, coordenador-geral do Sindicato dos Docentes da Uepa (Sinduepa Seção Sindical do ANDES-SN), em vídeo divulgado pela entidade. “Mais um dia que somos desrespeitados e não conseguimos conversar com esse governo”, acrescentou o docente.

Em protesto realizado em frente à Seplad, a comunidade universitária cobrou mais uma vez a realização urgente de concurso público e valorização da universidade, bem como a abertura imediata de diálogo com representantes das categorias.

A Uepa tem mais de 300 docentes na fila de progressão, com salários defasados, sem o pagamento do piso salarial, além de laboratórios sem insumos e instalações sucateadas. “O chá de cadeira de hoje é só mais uma demonstração de como a educação é desvalorizada por esse governo. Após muita pressão, conseguimos agendar uma reunião com a secretária para o próximo dia 23, às 10h. Sigamos na luta!”, afirmou o Sinduepa SSind em nota.

Estado de greve
Em assembleia geral realizada no dia 4 de novembro, as e os docentes da Uepa decidiram entrar em estado de greve, exigindo, entre outras coisas, a recuperação das perdas salariais que, desde 2015, já acumulam 41%, com base na inflação medida pelo IPCA (IBGE); a regularização das progressões e implementação do PCCR; o pagamento das gratificações; mais verba para a Uepa; e a realização imediata de concurso público.

* imagens: Sinduepa SSind.

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