Campanha critica condução do presidente Bolsonaro no combate à Covid-19 e reivindica vacinação e alimentos acessíveis à população
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Sintufrj) foi alvo de ataques de ódio e violência dos apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, por promover a campanha "Vacina no braço, comida na mesa". A ação tem denunciado a política genocida do governo Bolsonaro, que levou o Brasil a atingir o número recorde, na última semana, de três mil pessoas mortas por minuto em decorrência da Covid-19.
As informações foram divulgadas, em nota, nesta segunda-feira (12) pelo Sintufrj. Desde sábado (10), o sindicato tem recebido ligações com ameaças e promessas de invasão e depredação da sede da entidade. As mensagens recebidas acusam o movimento sindical de “atrapalhar o Brasil".
Vacina no braço, comida na mesa
Na última sexta-feira (9), a entidade promoveu uma série de ações em defesa da vida e denunciando o governo Bolsonaro pela sua omissão no combate à pandemia da Covid-19. Em diversos pontos dos campi da UFRJ e na capital fluminense foram colados cartazes que destacavam a elevação dos preços do gás e da gasolina, e de itens como carne, gasolina, arroz, e da cesta básica, chamando a atenção para o aumento do custo de vida da população. Além disso, um painel vídeo instalado na Praia Vermelha, localizada na zona sul, e imagens projetadas no paredão da Escola de Música da UFRJ, região central, ganharam repercussão nas redes sociais e em veículos de mídia por denunciarem a crise em que o país vive.
Segundo o Sintufrj, as ameaças não irão calar a entidade e que a principal arma da entidade é a força das trabalhadoras e trabalhadores que se dedicam todos os dias a salvar vidas, produzir conhecimento e contribuir para a construção de um Brasil melhor. "Nos últimos dias, chegamos à marca de 3 pessoas mortas por minuto. Ultrapassamos as 350 mil vítimas fatais da pandemia. Nada pode ser maior do que combater essa tragédia e seus responsáveis. Nosso compromisso é com a defesa da vida e da democracia".
Para a direção da Regional do Rio de Janeiro do ANDES-SN, os ataques proferidos ao movimento sindical são fruto de um processo de intimidação contras as e os responsáveis pela ação. “A Regional Rio do Andes-SN manifesta sua solidariedade às/aos companheiros do Sintufrj, com a disposição de continuarmos denunciando o governo genocida e intensificando as ações nesse sentido. Não passarão!”, diz.