Docentes e estudantes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) que foram intimados pela Polícia Federal (PF), nessa semana, a prestar depoimento sobre a participação em atos antifascistas realizados em 2018. De acordo com informações postadas em redes sociais, a acusação da Delegacia de Defesa Institucional da PF do Ceará inclui a gravação de aulas dos professores e a indicação de que um deles teria recebido financiamento de partido político para as aulas sobre fascismo.
A acusação contra três professores e uma professora da Uece, além de cinco universitários, já foi considerada pelo Ministério Público Federal (MPF) sem viabilidade. No entanto, o inquérito ainda não foi arquivado e a PF segue na perseguição contra a liberdade de expressão.
“Contra o obscurantismo que tem se entranhado nas instituições brasileiras, defendemos a importância da postura antifascista, em defesa da democracia, contra a violência do Estado, o autoritarismo, a militarização e o racismo. Reafirmamos todo nosso apoio político e jurídico para levar solidariedade aos colegas e estudantes que estão tendo seus direitos tolhidos”, afirmou o Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece Seção Sindical do ANDES-SN) em nota.
A Diretoria Nacional do ANDES-SN também divulgou nota nessa sexta-feira (11) para repudiar a perseguição da Polícia Federal a docentes e estudantes da Uece. “Mais uma vez o ódio à comunidade universitária leva a educação, a ciência e a universidade como espaços de debate e produção de conhecimento crítico a serem criminalizados pelo estado brasileiro. Diante do ocorrido, reiteramos nossa luta contra o obscurantismo e as perseguições que tem se entranhado em nossas instituições brasileiras de ensino superior na defesa da democracia, contra a violência do Estado e o autoritarismo”, afirma a diretoria do Sindicato Nacional, que conclama toda a categoria a denunciar a ação de perseguição política da Polícia Federal no Ceará.
Confira aqui a íntegra da nota do ANDES-SN
* com informações do Sinduece SSind.