O ministro da Educação Abraham Weintraub pediu, em vídeo publicado em suas redes sociais na terça-feira (17), que os alunos de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia retornem às instituições de ensino para combater a pandemia do coronavírus. Criticando governadores e reitores, que segundo ele, se "anteciparam" ao anunciar a suspensão das aulas, ele sugeriu que alunos de graduação atendam pacientes doentes. Atualmente, estudantes cursando residências médicas em instituições que oferecem atendimento a pacientes estão atuando normalmente.
No vídeo, ele declara que "alguns governadores, prefeitos, reitores, gestores, de boa fé, escutando o que está acontecendo no mundo, se anteciparam e suspenderam as aulas. Só que eu preciso dos alunos de volta às aulas, eu preciso que revejam a decisão nos departamentos de saúde. Eu preciso não só dos alunos, mas dos professores, técnicos e secretários dessas áreas. Para que eu possa acionar esses alunos para enfrentar e assistir os brasileiros que ficarem doentes. Tenho certeza que nós brasileiros vamos dar uma lição para o resto do mundo, de como uma nação se comporta diante de um desafio como esse".
Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, diz que já era hora do ministro reconhecer a importância das nossas Universidades, mas faz isso de forma enviesada. "Ele dá orientações como uma autoridade sanitária, que ele não é, e orientações erradas. Não podemos colocar estudantes em processo de formação na linha de frente, eles ficariam vulneráveis a uma contaminação. Temos que proteger os nossos estudantes", pontua.
"Na Itália, estão antecipando a formatura de alguns estudantes de medicina do último ano, mas para trabalhar na retaguarda, na prevenção", conta Antonio, que conclui sugerindo como solução a contratação emergencial de profissionais habilitados. "As universidades podem atuar no processo de capacitação desses profissionais e, assim, contribuir do modo correto na contenção da pandemia’’.
Crédito da foto: Wilson Dias/Agência Brasil