O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi recebido com protesto no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), na tarde de sábado (5), em Campo Grande (MS). Representantes de entidades sindicais e movimentos sociais, estudantes, docentes e técnicos e técnicas realizaram manifestação na entrada do IFMS por mais investimentos na ciência, tecnologia e em defesa da qualidade do ensino público brasileiro.
O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Seção Sindical do ANDES-SN(Aduems SSind.), Esmael Almeida Machado, esteve no ato e, em sua fala, enfatizou a batalha da universidade pelos bolsistas da Capes e do CNPQ, que estão há anos sem reajuste. Destacou também outras pautas da categoria, como a destinação de mais recursos para as universidades públicas. “No desgoverno Bolsonaro, que até agora conta com o seu quarto Ministro da Educação, Milton Ribeiro, só vemos uma função ministerial que é promover um desmonte geral do ensino público brasileiro”, disse.
Machado ressaltou que é preciso denunciar à população e conscientizar a sociedade dos absurdos que o governo federal vem promovendo e do descaso com a educação pública. “Acompanhamos diariamente o corte autoritário de recursos, as intervenções em universidades e autarquias ligadas ao MEC, a nomeação de interventores, os processos e perseguição a professores, o corte de estrutura da Capes e CNPq, as nomeações sem rigor e critério técnico-científico, depreciação da imagem das universidades e seus membros. Enfim, um governo que cumpre um papel em destruir tudo que é público”, ressalta.
Todos os movimentos sociais e sindicais que estavam presentes no ato também denunciaram o fato de que o ministro Milton Ribeiro foi a Campo Grande inaugurar no instituto questões pequenas, que não possuem impacto na qualidade do ensino e da pesquisa. O representante do MEC esteve no IFMS para lançar uma “pedra fundamental” de um futuro Bloco F, que deve ser concluído em dezembro deste ano, após as eleições e que está orçado em R$ 7 milhões. A indignação também se deve ao fato de que as obras do IFMS se quer começaram e nem vão terminar no atual governo Bolsonaro.
Fonte: Aduems SSind. com edição do ANDES-SN