Após confirmar o corte de 30% do orçamento das instituições federais de ensino, o presidente Jair Bolsonaro enfrentou uma grande manifestação popular de repúdio ao seu governo. Nesta segunda-feira (6), enquanto o presidente visitava o Colégio Militar do Rio de Janeiro (RJ), milhares de estudantes, servidores, professores e parentes de alunos do Colégio Pedro II protestaram contra os cortes.
O colégio, que é federal, perdeu 36% de seu orçamento. Segundo a administração do Pedro II, foram cortados 36,37% do orçamento de R$ 51 milhões. O valor do corte chega, portanto, a R$ 18 milhões.
Também participaram da manifestação membros de outras comunidades acadêmicas. É o caso do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFRJ), do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), da Fundação Osório e do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp-UFRJ).
Jair Bolsonaro foi ao Colégio Militar para participar das celebrações de 130 anos da instituição. Cercado por dezenas de seguranças, o presidente ignorou a manifestação do lado de fora do colégio.
Outras manifestações contra os cortes ocorrem no país desde sexta-feira (3). Em Salvador (BA), milhares saíram às ruas para protestar contra o desfinanciamento da educação. Uma faixa que dizia “Bolsonaro é inimigo da educação” puxou a manifestação, que caminhou pelas ruas da capital baiana. Pelotas (RS) também registrou um grande ato contra o corte de verbas da educação.
Próximo passo da luta é a Greve Nacional da Educação
No dia 15 de maio terá lugar a Greve Nacional da Educação. A greve terá adesão de professores de todo o país, do ensino básico ao ensino superior. Entre as pautas do movimento, está o fim dos cortes orçamentários na educação e o rechaço à Reforma da Previdência.
Depois, em 14 de junho, será a vez de todos os trabalhadores brasileiros cruzarem os braços na Greve Geral, recentemente convocada pelas centrais sindicais.
Com informações e imagens de Sindscope, Adufpel-SSind e Mídia Ninja.