Os metroviários e metroviárias de Belo Horizonte (MG) estão em greve desde o dia 23 de dezembro. O serviço tem funcionado em escala mínima, atendendo à população apenas em horários de pico.
As trabalhadoras e os trabalhadores reivindicam o fim das demissões realizadas pelo governo federal através de decretos, portarias e resoluções; a reversão da privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU); a redução da tarifa; a suspensão de uma resolução que impede a transferência das trabalhadoras e dos trabalhadores lotados na capital para outras unidades da CBTU; e a modernização da linha existente e ampliação de novas linhas do metrô.
A greve foi decretada em assembleia realizada no dia 19 de dezembro, em caráter de urgência, após a publicação de uma resolução do governo federal (n°206) do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) que desrespeita o direito de transferência das funcionárias e dos funcionários da CBTU-BH para outras superintendências, passando por cima do atual Acordo Coletivo de Trabalho em vigência.
Na terça-feira (4), o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) enviou um documento com as reivindicações da categoria à CBTU. O processo foi realizado dentro do prazo determinado em audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3), no dia 27 de dezembro. Agora, a CBTU tem até a próxima terça (11) para enviar uma resposta aos trabalhadores e trabalhadoras.
Privatização
Em setembro do ano passado, o Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei 15/2021 que prevê a privatização da CBTU, empresa que administra o metrô de Belo Horizonte, e a destinação de R$ 2,8 bilhões para o pagamento de dívidas, financiamento e para a empresa que administrará o metrô.
O ANDES-SN publicou uma nota em apoio à greve das metroviárias e dos metroviários e contra a política de privatização do metrô realizada em conjunto pelos governos federal e estadual, que visa transformar uma prestação de serviço público de mobilidade urbana para a população em um serviço rentável para os empresários do setor.
"Com essa política, além do prejuízo da população que já sofre com a alta das tarifas do metrô e de seu sucateamento, o(a)s metroviário(a)s da capital estão ameaçado(a)s em perderem os seus empregos, que o conquistaram por meio de concurso público. Nesse sentido, somos contra a privatização do metrô de BH e defendemos a abertura de negociações com o(a)s grevistas a fim de se chegar a uma proposta satisfatória aos mesmos", diz a nota.
Acesse aqui a nota do ANDES-SN
Com informações de Hoje em Dia e Sindimetro-MG