Na manhã de quinta-feira (22), a Frente Nacional Escola sem Mordaça voltou a se reunir para debater as próximas ações da luta em defesa da Educação livre, da liberdade de cátedra e dos profissionais da área.
Realizado na sede do ANDES-SN, em Brasília, o encontro teve a presença da Adunb, Fasubra, Sinasefe, Abem e do movimento social Juntos, além de assessorias jurídicas das entidades. Na avaliação das entidades, os ataques à educação e à comunidade acadêmica serão intensificados a partir de janeiro.
Deliberações da reunião
Durante a reunião, foi apresentado o plano de comunicação que dará corpo às iniciativas da Frente. Também foi apresentada a cartilha elaborada pelo Coletivo Nacional de Advogados de Servidores Públicos: “Orientações aos Docentes; Liberdade de Cátedra, de ensino e de pensamento”.
A reunião reforçou a participação da Frente Escola sem Mordaça na audiência pública que acontece na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, em 27 de novembro. A atividade está sendo organizada pelo Movimento Educação Democrática em parceria com a Anistia Internacional.
A Frente Escola sem Mordaça participará das atividades dos dias 4 e 5 de dezembro. No dia 4 serão realizadas manifestações nas instituições de ensino com a realização de debates com o tema “Defesa da Democracia e 30 anos da Constituição federal de 1988”. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) se somará às mobilizações do dia 4.
No dia 5 haverá mobilização/paralisação em defesa da educação, com atos e mobilizações nos estados, e com a realização, em Brasília, de uma audiência pública para comprometer os parlamentares com a educação pública.
“Diante do avanço da extrema direita, independente do julgamento do STF no dia 28, entendemos que as ações [de ataques contra a comunidade escolar] irão continuar”, destaca Cláudio Mendonça, 2º tesoureiro do ANDES-SN, referindo-se ao julgamento na Suprema Corte da lei de Alagoas, cujo conteúdo é semelhante ao Escola sem Partido.
“Os professores e técnicos estão sendo vítimas deste processo [de ataques] nas diversas escolas e universidades cotidianamente”, alerta.
Ele reforça que o objetivo da Frente Nacional Escola em Mordaça é ampliar a capilaridade de sua atuação. “É importante dialogar com outras entidades, porque o patamar político que reside hoje pede isso”, conclui.