Em Niterói (RJ), um ato convocado no dia 7 de setembro pelo deputado federal bolsonarista Carlos Jordy (PL), candidato à reeleição, em frente à Reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF) terminou com a destruição de uma faixa da Associação de Docentes da UFF (Aduff Seção Sindical do ANDES-SN) e com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao comunismo.
A faixa com os dizeres "Em defesa da Democracia e das Universidades Públicas! Fim dos cortes que podem fechar as universidades. Fora Bolsonaro" foi arrancada do prédio da universidade, em Icaraí, e rasgada pelo irmão do parlamentar em cima do trio elétrico, durante o evento em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A faixa foi afixada pela seção sindical do ANDES-SN em diversos campi da UFF.
Em seu discurso, Jordy atacou o STF ao defender o ex-deputado Daniel Silveira, que teve a candidatura ao Senado indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) por seis votos a um, na terça-feira (6). Em março deste ano, Silveira foi condenado no STF a oito anos de prisão por ataques às instituições e por organizar atos antidemocráticos. No entanto, Bolsonaro concedeu o perdão da pena. "Contra o ativismo judiciário que condenou o deputado Daniel Silveira. Vamos lutar pelos direitos dele!", disse o parlamentar.
Alan Lyra, que foi candidato a prefeito de Niterói em 2020, também subiu no carro de som e, ao lado de Carlos Jordy, chamou os ministros do STF de ditadores de toga.
No aquecimento para a marcha, o carro de som tocou uma gravação com ataques ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. A voz, não identificada, chamava o magistrado de incompetente, entre outras ofensas. Outra gravação, com a voz do deputado federal Carlos Jordy, associou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro, em 2018.
Atos de 7 de Setembro viram palanque bolsonarista
Tanto em Brasília (DF) quanto no Rio de Janeiro (RJ), Jair Bolsonaro usou dos desfiles em comemoração ao 7 de setembro como palanques eleitorais. O presidente convocou seus apoiadores durante meses a irem às ruas na data para demonstrar apoio à sua reeleição. Após participar do desfile oficial, na Capital Federal, onde fez falas misóginas e eleitoreiras, Bolsonaro foi ao Rio de Janeiro, participar de ato na Praia de Copacabana.
Em São Paulo, a militância bolsonarista também ocupou a avenida Paulista (SP). Em todos os protestos, pessoas levantaram cartazes e faixas com dizeres criminosos contra o STF, pedindo intervenção militar e até mesmo golpe de Estado.
Com informações de agências de notícias