Essa quarta-feira (26) foi um dia histórico para o movimento docente e estudantil da Universidade Estadual do Piauí. Mais de 1 mil estudantes e professores foram às ruas denunciar a situação insustentável na qual se a encontra Uespi.
Os manifestantes cobraram do governo ações efetivas e emergenciais para sanar os problemas da instituição. Pressionado pelo movimento, o governador Wellington Dias (PT) aceitou reunir com os docentes, que estão em greve desde 18 de março.
O ato teve início na Uespi e percorreu as ruas de Teresina até Palácio de Karnak, sede do governo. No local, foi realizara uma assembleia conjunta da comunidade acadêmica da Uespi.
Foi relatada a reunião com o Secretário de Administração, Ricardo Pontes. “Em resumo, o governo não respondeu a nenhuma das demandas dos professores e estudantes e limitou-se a propor a criação de um grupo de trabalho para discutir a situação da universidade, o que não contempla a categoria”, contou o professor Antônio Dias, coordenador de comunicação da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp SSind.).
Ocupação do Palácio de Karnak
Por iniciativa do movimento estudantil, o Palácio de Karnak foi ocupado no final da manhã como forma de pressionar o governo. Já no início da tarde, uma comissão formada por estudantes e professores se reuniu com a Superintendente de Relações Sociais, Núbia Lopes.
“Entramos na reunião com uma pauta única: reunião com o governador. Em nosso entendimento, aquela reunião teria poder de decisão, por isso, garantir uma reunião com o governador seria mais estratégico para o movimento”, afirmou o professor Antônio Dias.
Em ofício redigido e assinado pela Superintendente, após conversa com Wellington Dias, uma reunião com o governador foi agendada para 1 de abril. Na audiência serão debatidos os problemas e possíveis soluções para a grave crise enfrentada pela Uespi.
Luta continua
A mobilização da categoria docente e também dos estudantes segue forte, com o intuito de trazer melhorar as condições de funcionamento da Universidade.
Nessa quinta (28), a comunidade acadêmica participa de uma audiência pública no Ministério Público Estadual. A atividade é mais uma forma de cobrar ações emergenciais em relação às demandas apresentadas por estudantes e professores.
No ano passado, o MP-PI já havia enviado recomendação ao Governo do Estado solicitando a realização de um novo concurso para a Uespi. Isso porque o concurso realizado a época não seria suficiente para suprir a demanda da instituição. Portanto, a universidade continuaria na ilegalidade, uma vez que a lei 124/2009 obriga a efetivação do quadro do docente.
Moção de apoio
As seções sindicais do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes ) manifestaram apoio à greve dos docentes da Uespi. Na moção, aprovada em reunião do Setor das Iees/Imes, os docentes cobram, do governo do Piauí, a abertura de negociações com a categoria.
Confira aqui a moção.
* Com informações e imagem de Adcesp SSind.