A suspensão da proteção prestada pela Polícia Legislativa Federal ocorreu sem comunicação prévia à parlamentar, que possui histórico de ameaças graves direcionadas à sua integridade física e a de seus familiares.
Trata-se de uma decisão que coloca em risco a vida de uma representante eleita pelo povo do Estado do Rio de Janeiro, sendo uma medida ocorrida após a parlamentar intensificar críticas a Hugo Motta, em razão das pautas defendidas que atacou o mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL) e que reduziu, entre outros, as penas de Bolsonaro e dos golpistas de 8 de janeiro de 2023, conhecido como PL da Dosimetria.
É preciso reconhecer que a violência política atinge de forma mais evidente mulheres parlamentares, especialmente, negras e trans. O ANDES-SN denuncia o abuso do poder político, oriundo do cargo de presidente da Câmara Federal, instrumentalizado para restringir a proteção de agentes públicos sob ameaça, como forma de retaliação política. Repudiamos qualquer ato que possa afetar a segurança e a dignidade da deputada Talíria Petrone, sob ameaça concreta à sua vida. Ao retirar a segurança de forma abrupta, Hugo Motta adota um comportamento irresponsável no comando da casa legislativa, em que opta por impor uma insegurança à deputada, que, diga-se, já foi ameaçada com falas de que teria o mesmo destino da vereadora Marielle Franco.
Reafirmamos o compromisso do ANDES-SN com a defesa intransigente da democracia, da liberdade de expressão e da segurança da deputada Talíria Petrone, que possui uma atuação comprometida com denúncias dos retrocessos e luta por direitos sociais. Exigimos a manutenção da segurança legislativa para a deputada e o respeito de critérios técnicos e legais para proteção de parlamentares que estão sob ameaça da extrema direita.
#Nãopassarão!
#Congressoinimigodopovo!
Brasília, 13 de dezembro de 2025.
Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional